Os monitores de Turismo de 2012 têm o prazer de continuar com o blog, que foi uma ideia inspiradora e que deve ser mantida. Por isso, mesmo com a greve, estaremos trazendo notícias do trade e do fenômeno turístico em si, pensando sempre na interdisciplinaridade.

- Jéssica Souza 17/08/2012


É com muito orgulho que os monitores do curso de Turismo do ano de 2011 darão continuidade à louvável iniciativa dos monitores do ano anterior. Que a monitoria do Turismo seja marcada pela qualidade, pela seriedade e pelo compromisso com o ensino.

- João Freitas 13/05/2011

Este blog se destina aos estudiosos, curiosos ou simplesmente simpatizantes do Turismo. Elaborado por nós, monitores do Curso de Turismo da Universidade Federal Fluminense, pretendemos com ele, levar você, leitor ao conhecimento dos eventos atuais no turismo e ainda te despertar para a análise da prática deste fenômeno, saindo do senso comum presente muitas vezes na teoria acadêmica, nos discursos políticos ou mesmo na "boca do povo".

Até de forma um pouco contraditória, te convidamos a parar um pouco para pensar sobre esta que é uma das atividades mais movimentadas e movimentadoras do mundo.

Não há nada mais agradável do que falar de viagens, não é mesmo? Então seja muito bem-vindo e vamos juntos monitorar o turismo!

- Aline Luz 22/09/2010

sábado, 6 de novembro de 2010

Dilma afirma que manterá o regime de câmbio flutuante

Nos últimos meses quando se fala em economia, se fala na guerra cambial. Trata-se da disputa entre países envolvendo a cotação de suas moedas, no sentido de tomar medidas para desvalorizá-las. Como conseqüência da reação dos Estados Unidos à crise financeira internacional ocorrida em 2008, de comprar títulos públicos, injetando dólar na economia, o dólar perdeu valor frente a uma série de outras moedas.

A medida americana sofreu críticas vindas do mundo inteiro. O que acontece é que quando a moeda de um país está valorizada em relação ao dólar suas exportações são prejudicadas, já que os produtos ficam mais caros perante o mercado internacional. Também as empresas internas sofrem perdas, pois as importações ficam mais baratas.

Os países emergentes, menos afetados pela crise financeira, são os principais “alvos” das injeções de dólar. O Brasil vem sendo particularmente prejudicado, já que encontra-se em condições econômicas estáveis e apresenta alta taxa de juros (estratégia adotada para frear o consumo e consequentemente o superaquecimento da economia), permite que estrangeiros tomem dinheiro emprestado e apliquem aqui, lucrando com a diferença entre as taxas, o que é chamado de “Carry Trade”.

Como medidas para embarreirar esta entrada de capital estrangeiro, o governo brasileiro e o Banco Central (responsável por executar a Política Monetária no país) elevaram o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sobre entrada de capital estrangeiro de 2% para 6% e elevaram sua capacidade de comprar dólares, enxugando o excesso da moeda americana no país.

Manter o câmbio sob controle, buscando sempre a desvalorização é, sob muitos aspectos, ilegal. Porém, países como a China adotam medidas agressivas de acumulação de reservas para proteger seus mercados internos e incentivar a exportação.

Em última entrevista ao Jornal Nacional, da Rede Globo, a futura presidente Dilma Rousseff afirmou que manterá o regime de câmbio flutuante: “o ajuste das economias internacionais não podem ser feitas com base em desvalorizações competitivas, que você tenta ganhar o seu ajuste nas costas do resto do mundo."

O fato é que o turismo receptivo, assim como qualquer atividade exportadora, também é afetado negativamente com a valorização do real. Sem contar que mais brasileiros viajam para fora do país, aproveitando a baixa do dólar. Tudo isso contribui para o déficit na Conta Viagens Internacionais, como já exposto anteriormente no blog.

Ao que tudo indica, a guerra cambial está longe de terminar. Enquanto a economia americana não se recuperar da crise ocorrida há dois anos, teremos o dólar desvalorizado e nações fazendo o possível – algumas nem tanto – para manter suas moedas longe da valorização.

Referências:


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