Os monitores de Turismo de 2012 têm o prazer de continuar com o blog, que foi uma ideia inspiradora e que deve ser mantida. Por isso, mesmo com a greve, estaremos trazendo notícias do trade e do fenômeno turístico em si, pensando sempre na interdisciplinaridade.

- Jéssica Souza 17/08/2012


É com muito orgulho que os monitores do curso de Turismo do ano de 2011 darão continuidade à louvável iniciativa dos monitores do ano anterior. Que a monitoria do Turismo seja marcada pela qualidade, pela seriedade e pelo compromisso com o ensino.

- João Freitas 13/05/2011

Este blog se destina aos estudiosos, curiosos ou simplesmente simpatizantes do Turismo. Elaborado por nós, monitores do Curso de Turismo da Universidade Federal Fluminense, pretendemos com ele, levar você, leitor ao conhecimento dos eventos atuais no turismo e ainda te despertar para a análise da prática deste fenômeno, saindo do senso comum presente muitas vezes na teoria acadêmica, nos discursos políticos ou mesmo na "boca do povo".

Até de forma um pouco contraditória, te convidamos a parar um pouco para pensar sobre esta que é uma das atividades mais movimentadas e movimentadoras do mundo.

Não há nada mais agradável do que falar de viagens, não é mesmo? Então seja muito bem-vindo e vamos juntos monitorar o turismo!

- Aline Luz 22/09/2010

sábado, 18 de junho de 2011

Brasil - Uma economia de eventos?


O setor de eventos tem aumentado a sua relevância no processo de geração de renda, emprego e negócios. O Brasil tem apostado nos benefícios econômicos do setor, investindo mais recursos na captação de eventos internacionais. Assim o nosso país tem se destacado no ranking dos países que mais recebem eventos internacionais.
        Segundo os dados de 2010 divulgados pela International Congress and Convention Association (ICCA*), o Brasil ocupa 9ª colocação no ranking mundial, com 275 eventos, sendo, portanto, líder na América do Sul.



        Já no ranking das cidades, São Paulo ocupa o 2ºlugar na América do Sul, com 75 eventos, seguida pela cidade do Rio de Janeiro que ocupa a 3ª colocação. A 1ª colocação ficou com Buenos Aires, com 98 eventos, entre os 172 realizados pela Argentina, que ocupa 12ª colocação mundial.
        De acordo com ministro do Turismo, Pedro Novais: “O Ministério do Turismo, por meio do trabalho da EMBRATUR, está no caminho certo para buscar posições ainda mais relevantes no ranking da ICCA.” Para o presidente da EMBRATUR, Mário Moysés, o resultado mostra a força do setor de eventos brasileiro, em um cenário tão competitivo, como o deste segmento em nível internacional (reportagem concedida ao site do Ministério do turismo em 13 de maio de 2011).
 Não é só a realização de Congressos que tem incrementado o setor de eventos brasileiro. Vale lembrar que teremos o Rock in Rio 2011, a Copa das Confederações em 2013, a Copa do Mundo em 2014, as Olimpíadas em 2016, entre tantos outros.
         Depois de 10 anos longe da cidade do Rio de Janeiro, o Rock in Rio volta este ano com a promessa de um super evento, capaz de promover não só intensos fluxos turísticos como também gerar ganhos econômicos para a cidade.
Em reportagem do Jornal do Brasil de 31 de maio de 2011, Roberto Medina, empresário e idealizador do Rock in Rio, explica a volta do festival de música para a cidade carioca: "Tivemos dificuldade de patrocínio, já que a economia não estava favorável. Não se trata apenas de um show, mas sim de um grande evento que precisa de patrocinadores e bilheteria. Hoje, a economia está mais favorável e, por isso, voltamos para o Brasil.”.
E completa: “Nenhum outro país do mundo terá, no mesmo período, tantas atrações de alto impacto e investimentos tão significativos no setor de entretenimento.”
Tudo o que esperamos é que estes eventos contribuam, verdadeiramente, para a geração de empregos, dinamização da infraestrutura e principalmente, para a geração de renda, auxiliando, portanto, a inclusão social e fazendo do turismo, uma atividade econômica RESPONSÁVEL.

Turistas no "Rock In Rio 2011" devem gastar US$ 217,5 milhões no evento



A primeira edição do Rock in Rio aconteceu no Rio de Janeiro em 1985

“Todos numa direção, uma só voz numa canção…
          A estimativa é da Riotur (Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro), que aposta na atração de 294 mil turistas para cidade durante a realização do evento. Do total de público esperado para o evento, 306 mil pessoas, seriam cariocas e moradores da região metropolitana da capital fluminense.
 Entre os turistas, 96 mil pagantes, viriam do exterior, e 198 mil expectadores, de outros estados brasileiros, chegando a 600 mil expectadores para o evento, estimativa oficial da Empresa de Turismo do Rio.
A taxa de ocupação hoteleira na cidade está estimada entre 88% e 92% pela Riotur, durante o evento. Já a estimativa de gastos com alimentação e produtos na Cidade do Rock é de US$ 18 milhões. O impacto final na economia da capital fluminense está estimado em  US$ 376.516.790,00.
É lógico que não podemos comparar o Rock in Rio com eventos como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, que além de gerarem impactos econômicos positivos através dos gastos, também geram impactos a partir dos investimentos, seja na reforma e construção de estádios, na infraestrutura de transportes, infraestrutura geral, entre outros. Porém, não há como negar a importância deste evento na promoção e no desenvolvimento da atividade turística da cidade.
“O Rock in Rio projeta de forma positiva a marca do Rio e traz desenvolvimento econômico para a cidade. Estamos num momento bastante favorável. E o Rock In Rio é mais um evento de grande porte... Só temos o que comemorar”, explica o secretário municipal de Turismo e presidente da Riotur, Antonio Pedro Figueira de Mello.

Ver reportagem na íntegra:



Fonte:
·         http://www.jb.com.br/cultura/noticias/2011/02/22/roberto-medina-diz-que-rock-in-rio-esta-mais-proximo-das-classes-c-e-d/)

quarta-feira, 8 de junho de 2011

O crescimento das companhias aéreas e sua relação com as Agências de Viagens


Há 15 anos viajar de avião era um privilégio de poucos cidadãos brasileiros, em função principalmente dos preços das passagens. Hoje, já é notório o grande crescimento no número de pessoas viajando, consequência da diminuição no valor das tarifas aéreas. Conforme reportagem no site economiaSC, dados da Infraero mostram que o movimento nos aeroportos do país está crescendo rapidamente: de 2003 para 2010, por exemplo, o aumento foi de 117%, saltando de 71 milhões de passageiros para 154 milhões.
Com o setor aquecido, novas companhias aéreas vão surgindo e aquelas já existentes no mercado buscam se diferenciar, com o intuito de se tornarem mais atrativas. Muitas buscam atrair consumidores principalmente através do valor de suas tarifas, aplicando promoções, por exemplo. A Tam pode ilustrar esta questão, quando colocou no mês de março suas passagens com até 90% de desconto.
É importante lembrar que um dos meios de comunicação mais utilizados pelas empresas aéreas para divulgação de suas informações e venda de seu serviço é a internet. Os consumidores estão cada vez mais familiarizados com esta tecnologia, o que os levam a comprarem serviços turísticos diretamente com os fornecedores, tornando-se mais independentes das agências de viagens. Isso caracteriza o que chamamos de processo de desintermediação.

Destaca-se neste contexto o impacto da tecnologia no mercado das agências de viagens. O diretor da ITM Agência de Viagens, Mauricio Voss, acredita que as conseqüências da globalização são um dos maiores desafios dos agentes. "A figura do agente de viagem não é mais tão necessária como antigamente. É uma profissão que se mostra um tanto dispensável em alguns casos. A nova geração já está muito informatizada e acaba tirando uma fatia do nosso mercado", diz Mauricio.
Mas, não se pode pensar que a internet tenha somente dificultado o trabalho dos agentes de viagens. Conforme escrito na reportagem, o presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens de Santa Catarina (Abav), Eduardo Loch, argumenta que "o mundo se modernizou e o agente de viagem também". Para conseguir continuar atraindo clientes, o que as agências oferecem é uma consultoria de viagem. Através dos diversos sites aos quais têm acesso, os agentes podem verificar qual a melhor tarifa, a que mais se adequa ao cliente e informar sobre a documentação necessáriaauricio lembra que o passageiro "não sabe até onde as informações disponibilizadas nos sites têm validade", a agência, por outro lado, tem a obrigação de ter as informações atualizadas.
No que se refere à comissão paga pelas companhias aéreas aos agentes de viagens, observa-se no Brasil uma grande dificuldade de se estabelecer a melhor maneira de comissioná-los. Antigamente, todos os bilhetes aéreos tinham no seu custo um percentual pré-determinado de 10%, que seria a remuneração das agências. Hoje as companhias pagam um adicional cobrado sobre o preço da passagem, que era chamada de taxa DU mas, devido a proibição desta denominação para esse tipo de cobrança, as companhias aéreas passaram a adotar nomes diferentes. O valor varia entre 6% e 10% do valor da passagem, dependendo do destino e do preço do bilhete.
Muitas companhias aéreas negociam seus bilhetes com as agências consolidadoras, que são aquelas responsáveis em intermediar o processo de distribuição e venda de passagens aéreas para agências de viagens que não apresentam credenciamento para este fim. As companhias aéreas consideram mais fáceis trabalhar com poucas agências consolidadoras, ao invés de inúmeras agências de viagens. Isso se dá pelo fato de procurarem por uma melhor administração de suas vendas, além de amenizar problemas relacionados a falta de pagamentos.