Os monitores de Turismo de 2012 têm o prazer de continuar com o blog, que foi uma ideia inspiradora e que deve ser mantida. Por isso, mesmo com a greve, estaremos trazendo notícias do trade e do fenômeno turístico em si, pensando sempre na interdisciplinaridade.

- Jéssica Souza 17/08/2012


É com muito orgulho que os monitores do curso de Turismo do ano de 2011 darão continuidade à louvável iniciativa dos monitores do ano anterior. Que a monitoria do Turismo seja marcada pela qualidade, pela seriedade e pelo compromisso com o ensino.

- João Freitas 13/05/2011

Este blog se destina aos estudiosos, curiosos ou simplesmente simpatizantes do Turismo. Elaborado por nós, monitores do Curso de Turismo da Universidade Federal Fluminense, pretendemos com ele, levar você, leitor ao conhecimento dos eventos atuais no turismo e ainda te despertar para a análise da prática deste fenômeno, saindo do senso comum presente muitas vezes na teoria acadêmica, nos discursos políticos ou mesmo na "boca do povo".

Até de forma um pouco contraditória, te convidamos a parar um pouco para pensar sobre esta que é uma das atividades mais movimentadas e movimentadoras do mundo.

Não há nada mais agradável do que falar de viagens, não é mesmo? Então seja muito bem-vindo e vamos juntos monitorar o turismo!

- Aline Luz 22/09/2010

segunda-feira, 11 de julho de 2011

A busca pela experiência nos megaeventos musicais.

No turismo contemporâneo o place branding ocupa grande destaque e os destinos oferecem mais que produtos desejados, oferecem experiências. Os turistas passam a querer exprimentar o momento, a viagem. Mas o que é a experiência? A experiência é “um fluxo de eventos particulares conhecido apenas pelo sujeito levando em consideração as problemáticas relações com os outros eventos, como os acontecimentos do mundo externo ou fluxos de eventos similares perrtecentes a outras pessoas”. (TRIGO, 2010, p. 26).

Pela ótica do marketing, visa criar momentos memoráveis, ou seja, um valor agregado aos produtos especialmente aos serviços. Como pioneiros nestas idéias temos Pine II e Gilmore, com a ‘Economia da Experiência” e Jesen em “Sociedadae dos Sonhos’. O Marketing de Experiências, que busca compreender e explicar melhor os aspectos emocionais do consumo (SENAC, 2009). Esses apectos ganham um destaque cada vez maior, a ponto de se tornarem a principal preocupação na hora de vender um produto ao cliente. A experiência que o cliente terá com o produto, se torna então, um fator de extrema importância na sociedade atual.

Os eventos, sobretudo os eventos musicais, se tornam instrumentos que levam o consumidor a viver momentos inesquecíveis (SENAC, 2009). Sendo assim, o Skol Sensation é um claro exemplo de propocionar ao seu consumidor uma experiência inesquecível. O projeto Skol Sensation Weekend proporciona ao público um pacote com hospedagem em hotel temático, festas exclusivas e serviços de concierge. O pacote inclui ingresso para a festa (nas categorias pista, camarote premium, camarote platinum, camarote diamond ou diamond by air), hospedagem no Hotel Skol Sensation, em São Paulo e traslados aeroporto-hotel-evento-hotel-aeroporto. Além dos serviços all inclusive do hotel, a programação ainda inclui uma festa no dia 17 de junho, na casa noturna, o Clube A, que fica no lobby do próprio hotel. Também inclui serviços de massagens, beauty center, personal stylist, jantares e café inspirados no tema do evento “Mistérios de Wonderland”.

Esse evento traz pessoas do Brasil inteiro, principalmente das grandes capitais que vão até São Paulo para aproveitar o melhor da música eletrônica mundial. Esse ano, o evento está inovando ao oferecer uma experiência totalmente nova e temática, proporcionando aos consumidores um final de semana totalmente exclusivo e na temática do tema da festa desse ano.

O Skol Sensation é somente um dos diversos eventos musicais que estão surgindo no país com propostas inovadoras e diferenciadas. A experiências que esses eventos proporcionam aos seus consumidores deixa claro, mais uma vez, a importância que a experiência tem sobre o mercado atual, além de confirmar o sucesso desses eventos, que no caso do Skol Sensation vai para sua terceira edição no país, sendo que já acontece na Holanda desde os anos 2000.

Referências

TRIGO, L. A viagem como expriência significativa. In. PANOSSO NETTO, A. e GAETA, C. (org). Turismo de experiência. São Paulo: Senac, 2010.

A Era da Experiência, Senac.

http://www.skolsensation.com.br/#/wonderchannel

http://www.brasilturis.com.br/diretodaredacao_materia.neo?Materia=22387

sábado, 18 de junho de 2011

Brasil - Uma economia de eventos?


O setor de eventos tem aumentado a sua relevância no processo de geração de renda, emprego e negócios. O Brasil tem apostado nos benefícios econômicos do setor, investindo mais recursos na captação de eventos internacionais. Assim o nosso país tem se destacado no ranking dos países que mais recebem eventos internacionais.
        Segundo os dados de 2010 divulgados pela International Congress and Convention Association (ICCA*), o Brasil ocupa 9ª colocação no ranking mundial, com 275 eventos, sendo, portanto, líder na América do Sul.



        Já no ranking das cidades, São Paulo ocupa o 2ºlugar na América do Sul, com 75 eventos, seguida pela cidade do Rio de Janeiro que ocupa a 3ª colocação. A 1ª colocação ficou com Buenos Aires, com 98 eventos, entre os 172 realizados pela Argentina, que ocupa 12ª colocação mundial.
        De acordo com ministro do Turismo, Pedro Novais: “O Ministério do Turismo, por meio do trabalho da EMBRATUR, está no caminho certo para buscar posições ainda mais relevantes no ranking da ICCA.” Para o presidente da EMBRATUR, Mário Moysés, o resultado mostra a força do setor de eventos brasileiro, em um cenário tão competitivo, como o deste segmento em nível internacional (reportagem concedida ao site do Ministério do turismo em 13 de maio de 2011).
 Não é só a realização de Congressos que tem incrementado o setor de eventos brasileiro. Vale lembrar que teremos o Rock in Rio 2011, a Copa das Confederações em 2013, a Copa do Mundo em 2014, as Olimpíadas em 2016, entre tantos outros.
         Depois de 10 anos longe da cidade do Rio de Janeiro, o Rock in Rio volta este ano com a promessa de um super evento, capaz de promover não só intensos fluxos turísticos como também gerar ganhos econômicos para a cidade.
Em reportagem do Jornal do Brasil de 31 de maio de 2011, Roberto Medina, empresário e idealizador do Rock in Rio, explica a volta do festival de música para a cidade carioca: "Tivemos dificuldade de patrocínio, já que a economia não estava favorável. Não se trata apenas de um show, mas sim de um grande evento que precisa de patrocinadores e bilheteria. Hoje, a economia está mais favorável e, por isso, voltamos para o Brasil.”.
E completa: “Nenhum outro país do mundo terá, no mesmo período, tantas atrações de alto impacto e investimentos tão significativos no setor de entretenimento.”
Tudo o que esperamos é que estes eventos contribuam, verdadeiramente, para a geração de empregos, dinamização da infraestrutura e principalmente, para a geração de renda, auxiliando, portanto, a inclusão social e fazendo do turismo, uma atividade econômica RESPONSÁVEL.

Turistas no "Rock In Rio 2011" devem gastar US$ 217,5 milhões no evento



A primeira edição do Rock in Rio aconteceu no Rio de Janeiro em 1985

“Todos numa direção, uma só voz numa canção…
          A estimativa é da Riotur (Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro), que aposta na atração de 294 mil turistas para cidade durante a realização do evento. Do total de público esperado para o evento, 306 mil pessoas, seriam cariocas e moradores da região metropolitana da capital fluminense.
 Entre os turistas, 96 mil pagantes, viriam do exterior, e 198 mil expectadores, de outros estados brasileiros, chegando a 600 mil expectadores para o evento, estimativa oficial da Empresa de Turismo do Rio.
A taxa de ocupação hoteleira na cidade está estimada entre 88% e 92% pela Riotur, durante o evento. Já a estimativa de gastos com alimentação e produtos na Cidade do Rock é de US$ 18 milhões. O impacto final na economia da capital fluminense está estimado em  US$ 376.516.790,00.
É lógico que não podemos comparar o Rock in Rio com eventos como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, que além de gerarem impactos econômicos positivos através dos gastos, também geram impactos a partir dos investimentos, seja na reforma e construção de estádios, na infraestrutura de transportes, infraestrutura geral, entre outros. Porém, não há como negar a importância deste evento na promoção e no desenvolvimento da atividade turística da cidade.
“O Rock in Rio projeta de forma positiva a marca do Rio e traz desenvolvimento econômico para a cidade. Estamos num momento bastante favorável. E o Rock In Rio é mais um evento de grande porte... Só temos o que comemorar”, explica o secretário municipal de Turismo e presidente da Riotur, Antonio Pedro Figueira de Mello.

Ver reportagem na íntegra:



Fonte:
·         http://www.jb.com.br/cultura/noticias/2011/02/22/roberto-medina-diz-que-rock-in-rio-esta-mais-proximo-das-classes-c-e-d/)

quarta-feira, 8 de junho de 2011

O crescimento das companhias aéreas e sua relação com as Agências de Viagens


Há 15 anos viajar de avião era um privilégio de poucos cidadãos brasileiros, em função principalmente dos preços das passagens. Hoje, já é notório o grande crescimento no número de pessoas viajando, consequência da diminuição no valor das tarifas aéreas. Conforme reportagem no site economiaSC, dados da Infraero mostram que o movimento nos aeroportos do país está crescendo rapidamente: de 2003 para 2010, por exemplo, o aumento foi de 117%, saltando de 71 milhões de passageiros para 154 milhões.
Com o setor aquecido, novas companhias aéreas vão surgindo e aquelas já existentes no mercado buscam se diferenciar, com o intuito de se tornarem mais atrativas. Muitas buscam atrair consumidores principalmente através do valor de suas tarifas, aplicando promoções, por exemplo. A Tam pode ilustrar esta questão, quando colocou no mês de março suas passagens com até 90% de desconto.
É importante lembrar que um dos meios de comunicação mais utilizados pelas empresas aéreas para divulgação de suas informações e venda de seu serviço é a internet. Os consumidores estão cada vez mais familiarizados com esta tecnologia, o que os levam a comprarem serviços turísticos diretamente com os fornecedores, tornando-se mais independentes das agências de viagens. Isso caracteriza o que chamamos de processo de desintermediação.

Destaca-se neste contexto o impacto da tecnologia no mercado das agências de viagens. O diretor da ITM Agência de Viagens, Mauricio Voss, acredita que as conseqüências da globalização são um dos maiores desafios dos agentes. "A figura do agente de viagem não é mais tão necessária como antigamente. É uma profissão que se mostra um tanto dispensável em alguns casos. A nova geração já está muito informatizada e acaba tirando uma fatia do nosso mercado", diz Mauricio.
Mas, não se pode pensar que a internet tenha somente dificultado o trabalho dos agentes de viagens. Conforme escrito na reportagem, o presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens de Santa Catarina (Abav), Eduardo Loch, argumenta que "o mundo se modernizou e o agente de viagem também". Para conseguir continuar atraindo clientes, o que as agências oferecem é uma consultoria de viagem. Através dos diversos sites aos quais têm acesso, os agentes podem verificar qual a melhor tarifa, a que mais se adequa ao cliente e informar sobre a documentação necessáriaauricio lembra que o passageiro "não sabe até onde as informações disponibilizadas nos sites têm validade", a agência, por outro lado, tem a obrigação de ter as informações atualizadas.
No que se refere à comissão paga pelas companhias aéreas aos agentes de viagens, observa-se no Brasil uma grande dificuldade de se estabelecer a melhor maneira de comissioná-los. Antigamente, todos os bilhetes aéreos tinham no seu custo um percentual pré-determinado de 10%, que seria a remuneração das agências. Hoje as companhias pagam um adicional cobrado sobre o preço da passagem, que era chamada de taxa DU mas, devido a proibição desta denominação para esse tipo de cobrança, as companhias aéreas passaram a adotar nomes diferentes. O valor varia entre 6% e 10% do valor da passagem, dependendo do destino e do preço do bilhete.
Muitas companhias aéreas negociam seus bilhetes com as agências consolidadoras, que são aquelas responsáveis em intermediar o processo de distribuição e venda de passagens aéreas para agências de viagens que não apresentam credenciamento para este fim. As companhias aéreas consideram mais fáceis trabalhar com poucas agências consolidadoras, ao invés de inúmeras agências de viagens. Isso se dá pelo fato de procurarem por uma melhor administração de suas vendas, além de amenizar problemas relacionados a falta de pagamentos.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Calendário de TCC 1º semestre 2011 - Semana 2


Dando sequência a postagem anterior.

06/06 – 11h

VERÔNICA FUTURO
Gestão de processo e ISSO 14000 no Campeonato Mundial de Optimist
Orientador: Prof. Dr. Saulo Barroso Rocha
Convidado: Profª. M.Sc.Paola Lohmann (FGV/RJ)
Depto. Turismo: Prof. Dr. Adonai Teles de Siqueira e Sousa

06/06 – 12h

THIAGO BALAGUER DE OLIVEIRA
Linhas de ônibus no trajeto da área Sul Fluminense do estado do Rio de Janeiro: interligação direta entre quatro cidades
Orientador: Prof. M.Sc. Renato Gonzalez de Medeiros
Convidado: Prof. Dr. Adonai Teles de Siqueira e Souza
Depto. Turismo: Prof. M.Sc. José Carlos de Souza Dantas

06/06 – 13h

ANA PAULA FREIRE DA SILVA
Diagnóstico da qualidade percebida no segmento turismo de luxo: a experiência da matriz H.Stern
Orientador: Prof. M.Sc. Carlos Alberto Soares Lidizia
Convidado: Prof. Dr. João Evangelista Dias Monteiro
Depto. Turismo: Prof M.Sc Eduardo Vilela

07/06 – 11h

THAIS CAROLINE ALMEIDA CARDOSO
Imagem do Rio de Janeiro como um destino turístico: análise das percepções dos jovens paulistas
Orientador: Profª  Drª Verônica Feder Mayer
Convidado: Prof Dr.Osiris Bezerra
Depto. Turismo: Prof Dr. João Evangelista Dias Monteiro

07/06 - 12h

MAÍRA ALMEIDA PINTO
O turismo como instrumento de promoção da cidadania: análise do Projeto Carioquinha na cidade do Rio de Janeiro
Orientador: Profª. M.Sc. Manoela Carrillo Valduga
Convidado: Prof. M.Sc Bernardo Lazary Cheibub
Depto. Turismo: Profª Drª Helena Catão Henriques Ferreira

07/06 – 13h
PRISCILA AGRA DE S. MENDES
Travel Management considerações sobre as agências de viagens in-house
Orientador: Prof M.Sc. Renato Gonzalez de Medeiros
Convidado: Prof  M.Sc.José Carlos de Souza Danteas
Depto. Turismo Prof Esp. Frederico Cascardo  Alexandre e Silva

07/06 – 14h

JOÃO ALCANTARA DE FREITAS
O turismo para além da segmentação: tendências da pós-modernidade
Orientador: Prof. Drª Karla Estelita Godoy
Convidado: Prof M.Sc Bernardo Lazaary Cheibub
Depto. Turismo: Profª Drª Helena Catão Henrique Ferreira

08/06 – 11h

GEÓRGIA SOUZA RAMOS
A economia da experiência na atividade turística: o exemplo do município de Bonito
Orientador: Prof. Dr. Aguinaldo Cesar Fratucci
Convidado: Prof M.Sc Ana Paula Spolon
Depto. Turismo: Prof. M.Sc. Manoela Carrillo Valduga

08/06 – 12h

PALOMA DEL CARMEM MORAES CHACON BICHON
Análise da geração de valor turístico da oferta hoteleira no município de Niterói-RJ
Orientador: Prof. M.Sc. Manoela Carrillo Valduga
Convidado: Prof. M.Sc. Cláudia Côrrea de Moaraes
Depto. Turismo: Prof. M.Sc. Lucia de Oliveira da Silveira Santos

09/06 – 13h

VINÍCIUS DE OLIVEIRA FEITOZA
Qualidade em cursos de graduação à distância em turismo
Orientador: Prof. Drª Karla Estelita Godoy
Convidado: Prof. M.Sc. Ari da Silva Fonzeca Filho
Depto. Turismo: Prof Esp. Frederico Cascardo Alexandre e Silva

10/06 – 11h

THIAGO BOU RESLAN DA SILVA
Análise da favela como objeto de consumo no século XXI: um olhar sobre o produto Favela Tour
Orientador: Prof. Dr. Aguinaldo Cesar Fratucci
Convidado: Prof M.Sc. Bernardo Lazary Cheibub
Depto. Turismo: Prof Esp. Frederico Cascardo Alexandre e Silva

10/06 – 12h

NATASCHA MENEZES CASTANHA
A influência do cinema hollywoodiano no desenvolvimento da imagem turística do Rio de Janeiro
Orientador: Prof. Dr Marcello de Barros Tomé Machado
Convidado: Profª M.Sc. Valéria Lima  Guimarães
Depto. Turismo: Prof. M.Sc. Bernardo Lazary Cheibub

10/06 - 13h

MARCELA UCHÔA CRAVEIRO
Santa Teresa e desenho urbano da cidade do Rio de Janeiro: configurações paisagísticas como diferencial turístico
Orientador: Prof. Dr. Aguinaldo Cesar Fratucci
Convidado: Prof Dr. Marcello de Barros Tomé Machado.
Depto. Turismo: Prof. M.Sc. Telma Lasmar

10/06 – 14h

VITOR SANTOS RAMOS
Transportes turísticos: a relação entre a aviação civil e o aquecimento global
Orientador: Prof. Dr. Adonai Teles de Siqueira e Sousa
Convidado: Prof. Esp. Frederico Cascardo Alexandre e Silva
Depto. Turismo: Prof M.Sc Renato Gonzalez de Medeiros



Calendário de TCC 1º semestre 2011 - Semana 1



Caríssimos,

Amanhã começam as apresentações dos Trabalhos de Conclusão de Curso do 1º semestre de 2011. Vale a pena privilegiar os colegas e espiar o que está sendo produzido na nossa Faculdade. 

O Blog Monitorando o Turismo dá os parabéns a todos que concluíram suas monografias e deseja que tenham uma carreira próspera.



31/05 - 11h

MAYARA RAUPP HARTOG
Desafios do turismo na Capital Nacional do Petróleo: um estudo exploratório sobre a imagem do município de Macaé
Orientador: Prof.ª  Drª. Verônica Feder Mayer
Convidado: Prof. M.Sc. Eduardo Vilela
Depto. Turismo: Prof. Dr.Osíris Bezerra

31/05 – 12h

GIULIANA LIMA MINICUCCI
Conexão regional: o caso do Conselho Regional de Turismo da Região das Agulhas Negras e suas inter-relações com o Programa de Regionalização do Turismo
Orientador: Prof.ª. Dr.ª Helena Catão Henriques Ferreira
Convidado: Prof.  Dr. Aguinaldo Cesar Fratucci
Depto. Turismo: Prof. Dr. Marcello de Barros Tomé Machado"

31/05 – 13h

MARIA ISABEL BRUM DE ANDRADE
Estágio e formação profissional: análise do entendimento de bacharelandos e bacharéis em turisno na Universidade Federal Fluminense
Orientador: Prof. M.Sc. Renato Gonzalez de Medeiros
Convidado: Prof. Esp. Frederico Cascardo Alexandre e Silva
Depto. Turismo: Prof. M.Sc. Ari da Silva Fonseca Filho

31/05 – 14h

ANA CAROLINA DE ALMEIDA JORDÃO
A atividade turística na cidade de Cabo Frio a partir do olhar da população local
Orientador: Prof. Dr. Aguinaldo Cesar Fratucci
Convidado: Prof. M.Sc Ambrozio Correa de Queiroz Neto (CEFET/RJ)
Depto. Turismo: Prof. Dr. Marcello de Barros Tomé Machado

03/06 – 13h

LAURA DE FARIA DESOUZART
Análise do estágio realizado pelos alunos do Curso de Turismo nos centros de informações turísticas de Niterói-RJ
Orientador: Profª. M.Sc. Claúdia Corrêa de Moraes
Convidado: Profª . M.Sc Telma lasmar
Depto. Turismo: Profª M.Sc Erly Maria de Carvalho e Silva

terça-feira, 24 de maio de 2011

O abolicionismo racista, a falsa tolerância às diversidades e o Turismo

Dia 13 de maio de 2011. Passaram-se 123 anos da Abolição da escravidão no Brasil. Neste dia, no ano de 1888, deu-se o fim do regime escravista no país, através da Lei Áurea, que vigorava desde 1530.
Na época muitos ex-escravos saíram às ruas comemorando o feito. De 1970 para cá, grande parte do movimento negro decidiu revogar a comemoração da negritude nessa data que passou a ocorrer no dia 20 de novembro, com a criação do Dia da Consciência Negra. Isso por que este movimento não atribui à abolição um caráter de libertação e conquista da igualdade. O abolicionismo, neste caso, é interpretado como um processo elitista, que por negociações com os “donos” dos cativos visava garantir o direito de indenização para esses em troca da liberdade de seus escravos. A preocupação dos abolicionistas teria sido muito mais com o atraso econômico que a escravidão representava. Além disso, a emancipação em 1888 promovia também um “branqueamento” da população brasileira, já que o escravo, negro e africano, seria trocado pelo europeu, livre e branco, não só na produção, como também na formação das famílias. Tudo isto revela um aspecto racista do movimento abolicionista e seu controle pela elite, mostrando que seu interesse principal não era propriamente a defesa de suas vítimas, mas sim, seus próprios interesses. 
Com a política de imigração da mão de obra européia, principalmente de italianos e alemães para o sul e o sudeste do país, os brancos acabaram sendo majoritários no total da população brasileira, o que se verificou até o censo de 2000. No entanto, de forma contraditória às pretensões do “abolicionismo racista” e das teorias de embranquecimento da população que o inspiraram, o Censo Demográfico de 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que, agora a população negra superou a branca. Foram contabilizadas 97 milhões de pessoas que se declararam negras, ou seja, pretas ou pardas (nomenclatura do IBGE), e 91 milhões de pessoas brancas. Ainda segundo o IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada –  algumas especificidades circundam esse fato - “o fenômeno pode ter ocorrido devido à fecundidade mais elevada observada entre as mulheres negras, mas também de um possível aumento de pessoas que se declararam pardas em relação aos censos anteriores”. Além disso, em 2010 “Os óbitos da população branca eram mais concentrados nas idades avançadas. Entre os negros, notou-se uma proporção bem mais elevada de mortes na população de 15 a 29 anos, o que pode ser explicado pelo fato da população negra ser mais afetada pelas causas externas”, como homicídios, diz o IPEA, adicionando que isso é mais periódico entre os homens. O que dentre outros inúmeros episódios transcreve que nossa sociedade brasileira que “vive e respeita” a diversidade de etnias e culturas tristemente se encontra dividida em negros e brancos, isso tudo dentro de um quadro de luta por espaço político, econômico e social.
                Tomando essa disparidade de valores entre etnias, torna-se evidente, portanto, a dimensão do racismo e sua extinção como um desafio para a sociedade brasileira. Recentemente o caso Bolsonaro trouxe a tona debates em torno do preconceito, da aversão à diferença, da homofobia e do ao já citado, racismo.

Veja as notícias na integra: 

           Sabe-se que o fenômeno turístico se caracteriza essencialmente, no aspecto cultural, pelo contato entre visitados com visitantes. E em um contexto atual, grande parte das pessoas busca experiências em novos lugares, ou seja, contatos com outras culturas e a possibilidade de conhecer diferentes modos de vida por meio do turismo. Há no Brasil uma ideia de que, por vivermos intensamente um processo de miscigenação cultural e de etnias isso nos levaria a ausência de preconceitos. Será mesmo que isso é verdade? Sabemos que não, na realidade, o Brasil muito precisa evoluir no sentido de libertar-se dos preconceitos enraizados em sua própria cultura. Como  acolher bem um turista se há racismo? Como não rejeitá-lo? Como reelaborar as questões da cidadania, da integração/assimilação, do turismo, da xenofobia e do racismo, a partir da questão da hospitalidade e do progresso do trade turístico?
Ao observar o cenário do turismo como um todo e suas relações sócio-culturais e o cenário nacional que insiste em trazer um Brasil livre de preconceitos, vale refletir de forma mais profunda sobre a questão do racismo. Neste sentido, é importante para nós, nesse mês de maio, dias após o aniversário da abolição da escravidão no país, rever o significado dessa data e dos valores que giram em torno dela. O racismo brasileiro, se comparado à prática de segregação racial de outros países, pode parecer cordial, mas não há como ignorá-lo, e percebe-lo como um problema social que necessita de urgente solução numa sociedade majoritariamente negra.
Discute-se atualmente a formulação de políticas públicas afirmativas e de informação que possam reconstruir a nossa cultura em relação a aspectos racistas. A  desconstrução do que se chama de hierarquia de raças, aliada à legislação voltada a defender os que sofrem com ações preconceituosas são caminhos a seguir na luta contra o racismo. Há também a fuga de aspectos religiosos e mitológicos que possam ser tendenciosamente interpretados de modo a contribuir com atos de preconceito. Tudo isso aliado ao “resgate” da história e da cultura negra através da educação, parte essencial da cultura e história brasileiras como um todo.
O resgate da memória coletiva e da história da comunidade negra não interessa apenas aos alunos de ascendência negra. Interessa também aos alunos de outras ascendências étnicas, principalmente branca, pois ao receber uma educação envenenada pelos preconceitos, eles também tiveram suas estruturas psíquicas afetadas. Além disso, essa memória não pertence somente aos negros. Ela pertence a todos, tendo em vista que a cultura da qual nos alimentamos quotidianamente é fruto de todos os segmentos étnicos que, apesar das condições desiguais nas quais se desenvolvem, contribuíram cada um de seu modo na formação da riqueza econômica e social e da identidade nacional. (MUNANGA, 2005, p. 16)
Referências bibliográficas: 
MUNANGA, Kabengele (org). Superando o racismo na escola. Brasília: MEC, 2005.


Outras fontes consultadas:
Demografia da População negra brasileira. 

Negros são 97 mil e passam os brancos.

Hospitalidade: Uma perspectiva sócio-antropológica da globalização dos espaços sociais de encontro e identidade.

Libertar a alma negra do Brasil. 

13 de maio, uma data injustiçada.

O Turismo étnico no Rio de Janeiro. 





quinta-feira, 19 de maio de 2011

T4F Entretenimento abre capital na bolsa de valores

A Time For Fun Entretenimento S.A. (T4F), maior empresa de entretenimento ao vivo da América do Sul e a 3ª maior do mundo em número de ingressos vendidos e performados em 2010, que trouxe atrações internacionais para o Brasil, como U2, Madonna e Coldplay abriu seu capital na bolsa de valores no dia 13 de abril deste ano.

O diretor presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, parabenizou a T4F pela iniciativa, reforçando a importância de a sexta empresa a estrear na Bolsa em 2011 vir de um segmento novo para o mercado de capitais: o setor de produção de eventos.

A T4F pretendia aplicar 70% dos recursos arrecadados com a oferta primária em ativos permanentes como a aquisição de casas de espetáculos e empresas e construção de novas casas de espetáculo (20%).


Na última semana, dia 12 de maio, a T4F divulgou os primeiros resultados do primeiro trimestre de 2011 e a comparação com o primeiro trimestre de 2010. Duas demonstrações financeiras apresentadas pela empresa nós já estamos familiarizados, são elas o Balanço Patrimonial e a Demonstração de Resultado do Exercício (DRE).










Com essas demonstrações financeiras somos capazes de descobrir alguns índices financeiros.

Os índices financeiros são ferramentas que possibilitam a comparação entre empresas diferentes em determinado período. Um índice importante para qualquer empresa é o retorno do capital próprio (ROE) que mede o desempenho do investimento dos acionistas durante o período. Uma vez que o objetivo de qualquer empresa é gerar lucro aos acionistas o ROE é a verdadeira medida de desempenho em termos de lucro.

O ROE pode ser decomposto em três elementos: eficiência operacional, eficiência no uso de ativos e alavancagem financeira, esta relação é chamada de Identidade Du Pont. No primeiro trimestre de 2011 o ROE da T4F foi de 0,008%. Um ROE baixo pode significar que a empresa está com dificuldades em termos de eficiência operacional ou no uso dos ativos, mas pode alavancá-lo por meio do aumento de seu endividamento. Neste caso, no entanto, não é possível saber qual é o desempenho real dos investimentos da empresa uma vez que os índices financeiros são ferramentas de comparação e, portanto só podem ser considerados baixos ou altos em relação aos que são apresentados por outras empresas do mesmo setor. Além disso, uma análise dos índices por um período maior de tempo é importante antes de tirarmos conclusões acerca do comportamento da empresa.

Relacionando as demonstrações financeiras do primeiro trimestre de 2010 e 2011, a T4F avaliou também a variação do seu lucro líquido, do capital de giro, e de seu patrimônio líquido. Vale a pena ver na integra!

http://ri.t4f.com.br/timeforfun/web/arquivos/T4F_Resultados_1T11_Portugues.pdf

Como calcular o ROE ?

a)O giro do ativo total é uma medida de gestão de ativos que descreve quão eficiente ou intensivamente a empresa utiliza seus ativos para gerar vendas.

Giro do = __Vendas___
Ativo total Ativo total

Giro do = __82,1____ = 0,16 vezes
Ativo total 520,7

Isto que dizer que para cada real de ativos, geramos 16 centavos de vendas.

b) A margem de lucro é uma medida de rentabilidade que descreve o quão eficiente a empresa utiliza seus ativos para gerar lucro.
Margem de lucro = Lucro líquido
Vendas
Margem de lucro = ___0,9___ = 0,01 %
82,1

Em outras palavras, para cada real de venda a T4F gerou 0,01 real de lucro.


c) O multiplicador de capital próprio diz respeito ao grau de alavancagem financeira, isto é seu nível de endividamento.

Multiplicador de = _____Ativo______
Capital próprio Patrimônio líquido

Multiplicador de = __520,7_ = 4,97 vezes
Capital próprio 104,7

d) o ROE pela Identidade Du Pont?
ROE = 0,01 x 0,16 x 4,97
ROE = 0,008 %