Os monitores de Turismo de 2012 têm o prazer de continuar com o blog, que foi uma ideia inspiradora e que deve ser mantida. Por isso, mesmo com a greve, estaremos trazendo notícias do trade e do fenômeno turístico em si, pensando sempre na interdisciplinaridade.

- Jéssica Souza 17/08/2012


É com muito orgulho que os monitores do curso de Turismo do ano de 2011 darão continuidade à louvável iniciativa dos monitores do ano anterior. Que a monitoria do Turismo seja marcada pela qualidade, pela seriedade e pelo compromisso com o ensino.

- João Freitas 13/05/2011

Este blog se destina aos estudiosos, curiosos ou simplesmente simpatizantes do Turismo. Elaborado por nós, monitores do Curso de Turismo da Universidade Federal Fluminense, pretendemos com ele, levar você, leitor ao conhecimento dos eventos atuais no turismo e ainda te despertar para a análise da prática deste fenômeno, saindo do senso comum presente muitas vezes na teoria acadêmica, nos discursos políticos ou mesmo na "boca do povo".

Até de forma um pouco contraditória, te convidamos a parar um pouco para pensar sobre esta que é uma das atividades mais movimentadas e movimentadoras do mundo.

Não há nada mais agradável do que falar de viagens, não é mesmo? Então seja muito bem-vindo e vamos juntos monitorar o turismo!

- Aline Luz 22/09/2010

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Ilustrando essa Diferença

Os dois exemplos que ilustrarão a diferença entre os dois tipos de títulos são as Dívidas Públicas e a recente Oferta Pública de Ações feita pela Petrobrás.

A União, a exemplo de qualquer empresa de capital aberto, por vezes pode necessitar de recursos imediatos para financiar determinado projeto no país, cujos custos ultrapassam a arrecadação de impostos no período. Sejam obras de melhoria de infraestrutura, construção de escolas, hospitais, etc.

Uma das formas de adquirir esses recursos é através da emissão de Títulos da Dívida Pública, que funciona da mesma forma que uma obrigação de empresa, com a diferença de que ao adquiri-la, o investidor estará se tornando credor do país. Esses títulos geralmente são tidos como os de menor risco no mercado, uma vez que para que a dívida não seja quitada é preciso, por exemplo, que a economia do país quebre, ou que um presidente radical, que seja a favor do não pagamento da Dívida Pública, assuma o poder. Ou seja, eventos não tão corriqueiros de uma forma geral.


Falando agora sobre os Títulos de Propriedade: A maior capitalização de uma empresa na história do Capitalismo, segundo o ministro da Fazenda Guido Mantega, foi a ocorrida no final do mês passado, após Oferta Pública de Ações, que rendeu à Petrobrás R$120 bilhões, apenas parte dos R$224 bilhões previstos para financiar seu plano de investimentos até 2014.

A descoberta do pré-sal no litoral sudeste-sul do país surgiu como uma oportunidade única na história da Petrobrás. Estima-se que haja o equivalente a 20 bilhões de barris de petróleo aguardando para serem extraídos a 7 mil metros abaixo do nível do mar. Tamanha profundidade da camada exige uma tecnologia muito mais desenvolvida do que as existentes até hoje, além de uma infinidade de técnicos, especialistas, engenheiros e pesquisadores que deverá se ocupar do desafio pelos próximos anos.

Ajudando a financiar tudo isso estão os milhares de novos acionistas da Petrobrás, que adquiriram seus títulos de propriedade da empresa, e que agora passarão a receber dividendos periódicos como remuneração pelo emprego de seu capital. Algumas variáveis que afetarão a rentabilidade deste investimento são: A oscilação do preço do barril de petróleo, a cotação do dólar, a ocorrência de um vazamento de óleo em alguma plataforma e os incentivos governamentais.

Sabemos da discussão que envolve a distribuição dos royalties advindos da exploração do pré-sal. As cidades aonde a atividade ocorre – costeiras, e por isso muitas com turismo de sol e praia – têm seu potencial comprometido graças à chegada da indústria petroleira, que além de modificar as paisagens sensivelmente, ainda põe em risco os atrativos naturais dessas cidades, espantando o turista de lazer. Seja qual for a distribuição a nível federal dos royalties, tudo o que realmente esperamos é que eles sejam bem aproveitados, e tragam grandes investimentos que se reflitam em melhorias na qualidade de vida da população.

Atenção: Essa postagem não é uma solicitação ou recomendação de investimento. Essa postagem possui finalidade meramente instrutiva.

Referências:

Comissão de Valores Mobiliários

Conheça o Tesouro Direto

Introdução ao Mercado de Capitais

Petrobrás - site Pré-sal

AMARAL, Rafael Quevedo do e OREIRO, José Luis. A relação entre o mercado de dívida pública e a política monetária no Brasil. Rev. econ. contemp. [online]. 2008, vol.12, n.3, pp. 491-517. ISSN 1415-9848.

Veja também

Notícia 1, Notícia 2, Notícia 3, Notícia 4

3 comentários:

  1. Poxa Marcelo, foi bom você ter tocado neste assunto. Eu tinha visto no jornal, mas eu não tinha entendido a situação. Agora ficou mais claro...Porém, ainda não entendi porque o pessoal na hora de dar a notícia, falaram de uma forma como se fosse pra não investir nesse tipo de ação...
    Ps. Em relação aos royalties, eu achei um absurdo essa distribuição nova já que não recebemos o dinheiro ICMS (não recordo se é esse imposto) pela comercialização do petróleo que é extraído aqui no Rio de Janeiro, enquanto outros produtos de outros estados recebem esse dinheiro de imposto. Porém, é aquele negócio, o royaltie era para ser investido na cidade e houve muito desvio com esse dinheiro...ai só diante da ameaça de perder o dinheiro que os prefeitos e governador do Rio se mobilizam...
    Quero ver o que nossos governantes farão quando o mundo deixar o petróleo de lado e as novas formas de combustível não poluentes forem utilizadas. Isso não está longe de acontecer... Essa nova redistribuição dos royalties que estão querendo fazer é só um ensaio pro governo se tocar que tem que arrumar outra fonte de renda... quem sabe o turismo.

    Falando em petróleo, isso daria um outro post falando da crise dos alimentos que teve ano passado... mas são outros 500...estamos aqui pra falar de turismo, não é?!

    Beijos e parabéns pelo post

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  2. Bom Clarice, não sou consultor de investimentos (rs), mas vamos lá. Não é raro os gestores de empresas de capital aberto optarem por emitir ações quando estas estão com uma cotação favorável à empresa, ou seja, com um valor de mercado maior que o verdadeiro. Isso faz com que a cotação do título se desvalorize nos dias que sucedem a emissão, não apenas pela diluição que o valor da empresa sofre por haver mais ações dela no mercado, mas também por conta desta especulação financeira.
    Mas como falei, isso ocorre no momento imediatamente após a oferta pública de ações. Essa semana a cotação da Petrobrás já tá voltando a subir.

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  3. Finalidade meramente instrutiva que nada! Você está é querendo angariar acionistas!

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